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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Bipolaridade

Desabafo bipolar




Tem gente que é depressiva...
Tem gente que é ansiosa...
Tem gente que um tempo é depressiva outro tempo é ansiosa...
Tem todo tipo de gente...
Que tipo de pessoa é você?
Afinal das contas, que tipo de pessoa sou eu?
Eu sou assim:
-Às vezes depressiva, meio down mesmo, pra baixo. A vida não presta, oh mundo, oh céus! Às vezes sou o contrario, sou entusiasta, pra cima, otimista, tudo da certo, vida maravilhosa!
Mas ser assim não é ser normal?
-Não. Não é ser normal.
E preciso estar no tenue fio do equilíbrio.
Estar triste por uma situação chata, imprevista, é certo. O que não é certo eh estar pra baixo sem motivo, sem nada que justifique. Tristeza é uma coisa, depressão é outra. Estar feliz é uma coisa, estar eufórico é outra. Eufórico sem motivo? Por quê? Estar no ar 24 horas por dia é coisa de terminal de banco, e olha la. Alegria, otimismo, é uma coisa. Euforia é outra.
Você se encaixa em algumas dessas categorias?
É depressivo, triste sem motivo? Ou conhece alguém assim? Pode ser aquela moca que trabalha na padaria, que vive com o olhar perdido, anda de cabeça baixa... Não sorri pra ninguém, ou quando sorri o olhar não acompanha o sorriso.
Ou é você mesmo que se sente assim, sem disposição pra nada?
A vida parece mais um fardo terrível de carregar. Você senta no quintal da sua casa, escondido de todo mundo pra chorar? Mesmo que o sol brilhe e o céu esteja covardemente azul? Isso é rotineiro ou só em decorrência de um episodio triste? Vamos, faça-se essas perguntas. Delas dependem a mudança de toda a sua existência. Seja honesto com você mesmo.
Se for por um episodio triste, isso vai passar.
Se for depressão, isso só vai passar com ajuda de um medico.
Não acredite que sua forca de pensamento sozinha ajude, não funciona, ajuda, mas não funciona.
Pode rezar quanto for, também ajuda, mas não funciona, sabe por quê?
-Por que é doença, e tem remédio, sofrer pra que? Por acaso os diabéticos não tomam remédio?Pense nisso.
Se caso é o contrario, tipo assim, você vive ansioso, não dorme porque pensa já no dia de amanha, no dia de depois de amanha, da semana que vem, do próximo mês, ano, década, século... Se vai ter dinheiro, quanto, se não vai ter, que precisa trabalhar 18 horas por dia pra estar bem daqui 30 anos, que o dia tem só 24 horas e que você esta muito bem assim. Pare e pense:
-Esta bem mesmo? Esta tão feliz que sai por ai se achando o super homem ou a mulher maravilha? Ninguém é melhor do que você?
Vamos la, também não é assim.
Desacelera.
Pode reparar que esta passando muito rápido sobre tudo, daqui a pouco seus filhos vao estar crescidos, seu cônjuge envelheceu, e sua vida passou despercebidamente pra você, que não se encontra em lugar nenhum porque não pertence a nenhum lugar. Será que isso é certo? Onde esta você? Qual a sua velocidade em relação à velocidade da vida? Se essa é a sua vida, reveja seus conceitos. Pode ser que também você precise de um medico.
Pode ser que você não seja assim, mas que conheça o bacana que fez de tudo na vida pra dar certo , estudou como um camelo ,vive a mil, reclama de tudo e de todos, mas eh justamente desse sistema falido que aproveita pra fazer fortuna... Tem a euforia de viver nisso. Pode ser que ele também precise de ajuda.
A vida de altos e baixos... Ah, como eu conheço essa!!! Passei anos a fio assim. Não entendia nada do que acontecia comigo. Só via que uma hora a vida era uma coisa pesada e na outra pura alegria e divertimento. Sofria demais as duas fases, a dos altos e a dos baixos. Na fase dos altos, eu era a mulher maravilha, vivia feliz e contente, podia fazer tudo, estudar 16 horas por dia, andar pra la e pra Ca, trabalhar, ate que um dia a pressão arterial chegou a 20 e ninguém sabia porque... Passados uns dias, breu total, tristeza, lentidão... Acordar de manha puro sacrifício, pra fazer o que mesmo? A vida não presta, socorro, alguém pode me dizer o que tenho?
Sou uma sortuda. Demorou pra caramba, mas alguém conseguiu me dizer o que eu tenho. Sou bipolar. Tenho jeito, posso ter uma vida normal. Claro que tenho ainda meus altos e baixos, mais controlados, agora sou mais consciente dos meus atos e sentimentos, e tento fazer os que me cercam entender e ter a paciência de me amar assim.
Hoje, me tornei uma pessoa melhor, mais sensível e capaz de entender o outro lado das pessoas. De analisar uma situação e me sair bem dela na medida do possível. Entendi que nada é o fim do mundo e que sou assim e que não vai ter reza ou oração que vai me mudar, apesar de eu sempre estar intimamente ligada a Deus. Que tenho alguns dons e posso ajudar as pessoas na medida dos meus conhecimentos e da compaixão que tenho dentro de mim.
Amanha? Não sei dizer o que será ou como estarei.
Mas, não sou a única a viver e não serei a ultima a viver assim.
Somos de alguma forma todos malucos, atravessando a jornada da vida rumo ao conhecimento

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Homenagem e Surpresa

Hoje fui assaltada por uma grande emoção.Recebi de Deus um presente único:o carinho e a dedicação de meus queridos alunos.
Os alunos do Pro Jovem comemoram hoje o dia do cidadão e me escolheram para ser homenageada do dia.Tanta foi a minha surpresa, que mal pude me manifestar.
Estou muito feliz e agradecida a estas pessoas que com sua simplicidade sabem amar e respeitar o próximo.
A todos vocês do Pro Jovem de Queimadas o meu muito obrigado e o meu carinho todo especial,não só por hoje, pela homenagem prestada, mas em especial pelo respeito e pelo carinho a mim dedicado todos os dias ao longo dos anos e, principalmente por fazerem parte da minha vida.
Muito abrigada!!!!!!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

FILHOS INGRATOS

A ingratidão - chaga pestífera que um dia há de desaparecer da Terra - tem suas nascentes no egoísmo, que é o remanescente mais vil da natureza animal, lamentavelmente persistindo na Humanidade.

A ingratidão sob qualquer forma considerada, expressa o primarismo espiritual de quem a carrega, produzindo incoercível mal-estar onde se apresenta.

O ingrato, isto é, aquele que retribui o bem pelo mal, a generosidade pela avareza, a simpatia pela aversão, o acolhimento pela repulsa, a bondade pela soberba, é sempre um atormentado que esparze insatisfação, martirizando quantos o acolhem e socorrem.

O homem vitimado pela ingratidão supõe tudo merecer e nada retribuir, falsamente acreditando ser credor de deveres do próximo para consigo, sem qualquer compensação de sua parte.

Estulto, desdenha os benefícios recolhidos a fim de exigir novas contribuições que a própria insânia desconsidera. É arrogante e mesquinho porque padece atrofia dos sentimentos, transitando nas faixas da semiconsciência e da irresponsabilidade.

Sendo a ingratidão, no seu sentido genérico, detestável nódoa moral, a dos filhos para com os pais assume proporções relevantes, desde que colima hediondo ato de rebeldia contra a Criação Divina.

O filho ingrato é dilacerador do coração dos pais, ímpio verdugo que se não comove com as doloridas lágrimas maternas nem com as angústias somadas e penosas do sentimento paterno.

Com a desagregação da família, que se observa generalizada na atualidade, a ingratidão dos filhos torna-se responsável pela presença de vários cânceres morais, no combalido organismo social, cuja terapia se apresenta complexa e difícil.

Sem dúvida, muitos pais, despreparados para o ministério que defrontam em relação à prole, cometem erros graves, que influem consideravelmente no comportamento dos filhos, que, a seu turno, logo podem, se rebelam contra estes, crucificando-os nas traves ásperas da ingratidão, da rebeldia e da agressividade contínua, culminando, não raro, em cenas de pugilato e vergonha.
Muitos progenitores, igualmente, imaturos ou versáteis, que transitam no corpo açulados pelo tormento de prazeres incessantes - que os fazem esquecer as responsabilidades junto aos filhos para os entregarem aos servos remunerados, enquanto se corrompem na leviandade -, respondem pelo desequilíbrio e desajuste da prole, na desenfreada competição da utópica e moderna sociedade.

Todavia, filhos há que receberam dos genitores as mais prolíferas demonstrações e testemunhos de sacrifício e carinho, aspirando a um clima de paz, de saúde moral, de equilíbrio doméstico, nutridos pelo amor sem fraude e pela abnegação sem fingimentos, e revelam-se, desde cedo, frios, exigentes e ingratos.

Se diante de pais irresponsáveis a ingratidão dos filhos jamais se justifica ou procede, a proporcionada por aqueles que tudo recebem e tudo negam, somente encontra explicação na reminiscência dos desajustes pretéritos dos Espíritos, que, não obstante reunidos outra vez para recuperar-se, avivam as animosidades que ressumam do inconsciente e se corporificam em forma de antipatia e aversão, impelindo-os à ingratidão que os atira à rampas inditosas do ódio dissolvente.

A família é abençoada escola de educação moral e espiritual, oficina santificante onde se lapidam caracteres, laboratório superior em que se caldeiam sentimentos, estruturam aspirações, refinam ideais, transformam mazelas antigas em possibilidades preciosas para a elaboração de misteres edificantes.

O lar, em razão disso, mesmo quando assinalado pelas dores decorrentes do aprimorar das arestas dos que o constituem, é forja purificadora onde se devem trabalhar as bases seguras da humanidade de todos os tempos. Quando o lar se estiola e a família se desorganiza a Sociedade se abate e estertora.

De nobre significação, a família não são apenas os que se amam, através dos vínculos da consangüinidade, mas, também, da tolerância e solidariedade que se devem doar os equilibrados e afáveis aos que constituem os elos fracos, perturbadores e em deperecimento no clã doméstico.

Aos pais cabem sempre os deveres impostergáveis de amar e entender até o sacrifício os filhos que lhes chegam pelas vias sacrossantas da reencarnação, educando-os e depondo-lhes nas almas as sementes férteis da fé, das responsabilidades, instruindo-os e neles inculcando a necessidade da busca de elevação e felicidade. O que decorra serão conseqüências do estado moral de cada um, que lhes não cabem prever, recear ou sofrer por antecipação pessimista.

Aos filhos compete amar aos pais, mesmo quando negligentes ou irresponsáveis porquanto é do Código Superior da Vida, a imposição: “Honrar pai e mãe”, sem excluir os que o são apenas por função biológica, assim mesmo, por cujo intermédio a Excelsa Sabedoria programa necessárias provas redentoras e torturantes expiações libertadoras.

Ante o filho ingrato, seja qual for a situação em que se encontre, guarda piedade para com ele e dá-lhe mais amor...

Agressivo e calceta, exigente e impiedoso, transformado em inimigo insensível quão odioso, oferta, ainda, paciência e mais amor...

Se te falarem sobre recalques que ele traz da infância, em complexos que procedem desta ou daquela circunstância, em efeito da libido tormentosa com que os simplistas e descuidados pretendem escusá-lo, culpando-te, recorda, em silêncio, de que o Espírito precede ao berço, trazendo gravados nas tecelagens sutis da própria estrutura gravames e conquistas, elevação e delinqüência, podendo, então, melhor compreendê-lo, mais ajudá-lo, desculpá-lo com eficiência e socorrê-lo com probidade prosseguindo ao seu lado sem mágoa e encorajado no programa com a família inditosa e os filhos ingratos, resgatando pelo sofrimento e amor os teus próprios erros, até o dia em que, redimido, possas reorganizar o lar feliz a que aspiras. (Espírito de Joanna de Ângelis - Obra: S.O.S. Família - Divaldo P. Franco)